domingo, 1 de janeiro de 2012

E começa outra vez, e outra e outra vez...

Parece que foi ontem que ela segurava nos braços o ano velhinho de 2010, deitando-o no leito de morte e acolhendo o ano de 2011, recém-nascido, todo lindinho nos braços e prometendo que cuidaria dele e faria dele um ano muito melhor. E de fato o foi. Não foi menos difícil, mas muito, muito mais do que melhor em relação ao seu predecessor, principalmente porque o Grande Mestre estava bem mais perto dela, apesar de ela não sentir o tempo todo. Mesmo assim ela sabia, não com os olhos, mas com o coração.

Agora, quando se preparava para despedir de 2011 não queria segurá-lo, apesar de ele ter sido na maior parte tempo um bom menino, mas também não queria deixá-lo ir assim, de qualquer jeito como que se tratando de coisas superficiais. Ela olhava pra trás, pra estrada que 2011 tinha feito e podia ver às margens do caminho tanta gente e tantos detalhes que não estavam lá antes... E era grata por isso e por tudo o que aquele ano havia significado, com cada percalço do caminho tinha sido um ano no mínimo diferente.

Mas às vezes é como já disse uma vez um sábio poeta mineiro: Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e começa tudo outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra frente tudo vai ser diferente. E quem garante que não pode realmente ser?

Ela não gostava de despedida, mas a despedida desse velho amigo chamado à tanto tempo de Feliz2011 não tinha a mesma cara das despedidas formais e sem graça, não tinha a cara triste e sombria que elas carregavam, ao invés disso tinha um saborzinho de quero mais...

E olhando pra frente agora, vislumbrando o aninho que estava prestes a nascer ela não sabia muito bem o que esperar sendo que ainda estava sentindo ainda o gostinho do velho amigo Feliz2011 que ainda não tinha ido embora completamente, e ela sabia que, nos sonhos e nas memórias dela ele nunca iria de fato embora, mas se obrigava a olhar pra frente e encarar aquele parto que estava diante dos olhinhos dela.

Se empolgou com a perspectiva de um novo recomeço e se dedicou ao parto emocionada com a nova vidinha que estava nascendo ali. Na verdade, o que estava de fato não nascendo, mas renascendo era a esperança de modo geral. E ela olhava para tudo aquilo com os olhinhos cheios de curiosidade e expectativa e resolveu ajudar no parto e nascimento de 2012.

Quase chorando de emoção, com os braços estendidos carregou aquele recém-nascido tão lindo com os olhos grandes e boquinha pequena e delicada, sorriu pra ele e com a obrigação de conferir-lhe um nome finalmente exclamou: bem vindo SURPREENDENTE2012!!!

High-Res Stock Photography: Fireworks bursting in night sky