sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Coisas BOAS da vida - Parte I

Sentiu uma dor IMENSA ao abrir os olhos de manhã. O som do despertador tinha, literalmente, honrado o nome e despertado toda dor que era possível após a belíssima mistura de livromuitobom + demadrugada + lágrimasdeemoçãoporcausadolivromuitobom + dormir pouco. E antes que pudesse se mexer ouviu novamente:

... Grande é o Senhoor e mui digno de louvor...

Preciso dormir mais - Pensou imediatamente, mas havia pessoas esperando por ela. Levantou-se e calou a orquestra que a acordara. Só mais 10 minutos, prometo! - pensou.

Quando se deu conta os 10 minutos viraram 30 e quando viu já estava muito atrasada. Daí se seguiram: telefone>mensagem>Amiga! Estou atrasada! Mas à caminho!

Que alívio ver a resposta: EU TAMBÉM! HELP! - Levantou-se, tomou um bom banho e um iogurte desnatado igualmente gostoso, arrumou o que não tinha gostado no cabelo, se deleitou no perfume e desceu as escadas correndo.

Ao sair, no pátio de casa, sentiu a brisa que dançava por sobre o rosto parecendo beijá-la e acariciava seus cabelos. Abriu os braços desejando que a brisa a carregasse levemente. Era aquela mesma brisa que a saudava todas as manhãs, especialmente as de sol manhoso e ficou feliz em responder à saudação com um sorriso novamente.

Avistou o lance de escadas que ainda faltava e desceu quase à galope olhando para o relógio e prestando atenção aos barulhos da rua, que era bem calma.

Trem - metrô - olhosardendoporcausadosol - caminhada - Summit. Finalmente! Foi direto para cozinha, onde pensara ser seu destino final, mas nenhum rosto conhecido. Ninguém familiar... Enfia tudo na bolsa, o celular vai junto e suspira tendo que tirar a bolsa do ombro e procurar vagarosamente pelo aparelho que se aninhara entre o guarda-chuva e a bolsinha de maquiagem. Como gostava de brincar de esconde-esconde esse tal telefone!

Enfim consegue ver a voz que desenhava no ar em letreiros luminosos: É SÓ SUBIR A ESCADA! - podia ver até a setinha que apontava pra cima piscando...

Que alívio! Abraçou a amiga fortemente e começaram a conversar. Dois minutos depois foram bruscamente interrompidas pela freiada desembestada de um caminhão e dali em diante soube que havia de fato começado seu dia louco e insandecido!